Data para comemorar ou apenas refletir?
Nesta sexta-feira (07 de abril) comemora-se o Dia Mundial da Saúde, que esse ano traz o tema “Saúde para Todos” e celebra os 75 anos da OMS (Organização Mundial da Saúde).
De acordo com o Dr. Daniel Sundfeld Spiga Real, cirurgião plástico, essa data é de extrema relevância, pois emoldura uma oportunidade para sensibilizar a população sobre a importância da saúde, bem como chamar a atenção das autoridades e líderes políticos para a necessidade de investimentos e políticas públicas que garantam o acesso universal a serviços de saúde de qualidade.
“A saúde no Brasil é um tema complexo e multifacetado, mas há vários pontos que merecem reflexão. Entre eles podemos destacar: a falta de acesso a serviços de saúde de qualidade para grande parte da população; a desigualdade no acesso e na distribuição dos recursos de saúde; a necessidade de melhorias na infraestrutura de saúde, incluindo hospitais e clínicas; a importância da prevenção de doenças através de hábitos saudáveis e ainda a politização da saúde, que acarreta perda de qualidade e traz riscos aos pacientes”, enumera.
Dr. Daniel Sundfeld salienta que atualmente, a saúde no Brasil enfrenta desafios significativos, como a falta de investimentos adequados, a escassez de profissionais em algumas áreas e a desigualdade no acesso aos serviços entre as diferentes regiões e grupos sociais.
“Quando se trata de saúde pública no Brasil há tanto o que comemorar quanto a discutir. O Sistema Único de Saúde é uma conquista importante e um exemplo a ser seguido por outros países, porém enfrenta muitos problemas, especialmente a falta de recursos e a má distribuição de serviços em algumas áreas. Com isso percebemos que é importante celebrar as conquistas e ao mesmo tempo reconhecer os desafios e buscar soluções para os superar”, analisa.
O médico fala sobre o que é ser saudável nos dias de hoje: “Significa ter um equilíbrio físico, mental e emocional. Isso envolve manter um estilo de vida saudável, incluindo hábitos alimentares adequados, exercícios regulares, sono suficiente e gerenciamento do estresse. Também significa ter acesso a cuidados médicos e suporte emocional e psicológico, quando necessários”.
Por fim, Dr. Daniel Sundfeld aborda a necessidade da discussão sobre a despolitização da saúde, tornando-a independente e eficiente no combate à corrupção.
“Um estudo publicado no The Lancet revela que aproximadamente 7 trilhões de dólares são gastos em serviços de saúde no mundo por ano e, pelo menos, de 10 a 25% desses gastos são perdidos diretamente em corrupção. Em paralelo, o Fundo Monetário Internacional estimou que a mortalidade infantil em países com altos níveis de corrupção é quase duas vezes maior do que em países com baixos níveis de corrupção. São dados alarmantes e que comprovam a urgência de mudanças”, finaliza.
Fonte: Vanessa Ronquim Comunicação
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